Quais são os impactos do coronavírus para o e-commerce?
Não é só o jeito como as pessoas se cumprimentam, trabalham ou cuidam da higiene pessoal que mudou. Com a preocupação em torno da pandemia do coronavírus, a forma como os consumidores estão comprando também está se tornando cada vez mais online.
No final do ano passado, a projeção de crescimento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo para o setor de e-commerce era de 21,3%.
A nova fase de distanciamento social, no entanto, tende a fazer com que o índice dos negócios online aumente ainda mais, entenda o porquê.
E-commerce na China
Desde que anunciou os primeiros casos até o crescimento desenfreado dos registros, outro número que aumentou na China foi o das vendas online.
De acordo com levantamento divulgado pelo CEO da Divante ecommerce Software House, Tom Karwatka, a empresa chinesa de cosméticos Lin Qingxuan fechou 40% das lojas físicas durante o surto.
A estratégia da Lin Qingxuan foi transformar seus consultores de beleza em influenciadores online. Com isso, as vendas aumentaram 200% em relação ao ano passado.
A Ele.me, parte do Alibaba Group, também viu os pedidos de supermercado quase dobrarem, enquanto a JD Daojia afirmou que as vendas praticamente quadruplicaram.
Gripe aviária e o crescimento do Alibaba
O crescimento das vendas online em tempos difíceis já aconteceu outras vezes. Exemplo disso é o Alibaba, que aumentou as vendas durante o surto de Sars (a gripe aviária), nos anos de 2002 e 2003.
Na época, o fundador da companhia Jack Ma apresentou uma solução conveniente para os que temiam contrair a doença.
“Não saia de casa, tudo o que você precisa pode ser comprado online”, dizia a propaganda que contribuiu para multiplicar o tamanho do comércio eletrônico chinês.
Investir em experiências digitais
Embora venham da China, os exemplos mostram como a pandemia do coronavírus pode afetar o comportamento dos consumidores.
Para evitar ir às lojas, onde há um risco maior de infecção, os clientes tendem a migrar para o varejo online. Troca-se a segurança por janelas de entrega mais longas.
Para o e-commerce, é tempo de mais experimentação, de investir em experiências digitais inovadoras e de planejar os próximos passos para ajudar a população a enfrentar a situação com mais tranquilidade e conforto.
Tecnologias emergentes
Nas últimas semanas, a produtora italiana de bolsas e sapatos de luxo Les Petits Joueurs lançou um showroom virtual completo para que os consumidores possam visualizar seus produtos por meio de realidade aumentada.
Já a realidade virtual pode ser uma boa alternativa para suprir a demanda por orientações ou treinamentos que não possam ocorrer pessoalmente.
Canais digitais atualizados
Os produtos que você comercializa devem ser detectados de forma rápida e prática pelos consumidores.
No ambiente online o cliente quer autonomia, mas isso não significa transformar a busca pelos produtos uma verdadeira caça ao tesouro.
Além da clareza na apresentação das informações, o consumidor também quer eficiência.
Você tem um site para vender online os produtos da sua papelaria e um dos itens que comercializa é o álcool gel?
Por ser um produto mais comum de encontrar em farmácias e mercados, e por conta da demanda (que segundo a Companhia Nacional de Álcool já cresceu 6.500% neste mês), isso precisa ser informado.
Se o item não estiver mais disponível, você deve, da mesma forma, atualizar o site rapidamente.
Não é demais lembrar que o preço é uma questão de bom senso. O consumidor notará se você superfaturar o valor dos produtos para lucrar mais.
E pode acreditar, essa é uma estratégia totalmente reversa a manter o cliente envolvido com a sua marca.
Gere e entregue confiança
Se a entrega atrasar, mantenha o consumidor informado. Para isso, esteja sempre em contato com as transportadoras e centros de distribuição para garantir que os prazos de entrega continuam sendo viáveis.
Outra estratégia importante para manter as entregas dentro do prazo é ter outras alternativas para o fornecimento dos seus produtos, caso o fornecedor principal falhar.
Como benefício para os seus clientes, este é um bom momento para oferecer entrega em domicílio.
Com base nos pontos abordados neste post, faça uma análise da melhor forma que o seu negócio pode se adaptar ao momento, alinhando estratégias para diminuir os impactos.
E claro, esteja sempre atento aos direitos que mais importam para os consumidores. Atendimento atencioso, propagandas honestas, entrega no prazo, trocas de produtos e estorno por cobranças indevidas ou compras canceladas são alguns exemplos. Se quiser se aprofundar mais sobre as expectativas dos consumidores nas plataformas online, aproveite para ler o nosso post que fala sobre estratégias para encantar os clientes!