Como pensar um modelo de negócio D2C para indústria?
Os negócios digitais da atualidade buscam se conectar com o consumidor. E não há forma mais genuína de se trabalhar com ele do que a venda direta! Por isso é que, neste artigo, preparamos um conteúdo incrível sobre o modelo de negócio D2C, ou seja, direct to consumer ou direto ao consumidor, pensado para a indústria.
Mas como saber se esse modelo é o ideal para o seu negócio? A implementação do D2C envolve:
a) análise cuidadosa dos consumidores e do mercado-alvo
b) apreciação do hábito e jornada de compra dos consumidores
c) observação do envolvimento do cliente com a marca
d) análise das características dos produtos
e) estratégias exclusivas para evitar “briga entre canais”
f) plataforma integrada e robusta de e-commerce
g) definição de proposta de valor específica para a venda direto ao consumidor
h) e outros fatores, que falaremos adiante.
Garanta a melhor experiência de compra para o usuário, baseada na venda direta ao consumidor!
Com o D2C a indústria coleta informações sobre o público-alvo, devolvendo em formato de output melhorias em produtos e experiências inovadoras para o mercado, além de estreitar o laço com o consumidor final, ao se comunicar diretamente com ele.
Ao final deste conteúdo você vai compreender por que o objetivo nem sempre é lucrar (de imediato), mas criar experiências únicas para que o consumidor volte e traga com ele uma legião de novos clientes.
Como estruturar o D2C para indústria em 4 etapas!
A corrida pela conquista do consumidor está a todo o vapor.
Por isso é que o movimento D2C para indústrias é mais do que uma tendência: é realidade! Estar perto do cliente é uma grande vantagem competitiva.
Confira os quatro passos necessários para implementar o D2C, na indústria:
- Definição clara do papel do D2C para o negócio
- Proposta de valor para atrair e reter os consumidores
- Plano estratégico para implementar o movimento D2C
- Modelo econômico sustentável
Etapa 1: Definição clara do papel do D2C para o negócio:
O maior erro de quem está começando a pensar no movimento D2C é querer adotar a mesma estratégia do atacado. Cada modelo de negócio exige um planejamento distinto.
Com o D2C, a indústria pode:
- conhecer melhor o consumidor
- fortalecer a marca
- aumentar as vendas e ampliar canais de distribuição
Mas para saber se é o momento ideal de pensar sobre o D2C, os gestores devem responder às seguintes perguntas:
- Por que eu estou investindo no modelo D2C?
- O que eu quero alcançar com esse movimento?
- Quais são as estratégias e métricas que eu irei adotar para avaliar e mensurar os esforços D2C?
- Sua equipe e parceiros estão alinhados e possuem a infraestrutura necessária?
- O plano de negócios está pronto?
Respondidas as questões, você já pode pensar sobre qual é o objetivo central em adotar o D2C como estratégia.
Se o foco for conhecer o comportamento do consumidor, o modelo D2C conseguirá:
- gerar insights avançados sobre o perfil do consumidor
- abrir um canal de escuta social
- realizar testagens e experiências
- incentivar a participação e engajamento
- compreender o comportamento do consumidor em cada estágio da jornada de compra
- criar experiências personalizadas, com base na participação ativa do consumidor
Se o objetivo for fortalecimento da marca, o D2C é ideal para:
- aumentar o conhecimento sobre a história da marca
- compartilhar informações e conteúdos sobre os produtos (vídeos, fotos)
- fortalecer a experiência positiva com a marca
- construir e manter a reputação do negócio
Por fim, se a opção principal for pela ampliação de canais e vendas, com o movimento direto ao consumidor, o negócio está apto a:
- entender o caminho percorrido pelo consumidor
- controlar o ZMOT, ou seja, o momento da tomada de decisão on-line
- ampliar a distribuição do produto
- apostar em uma estratégia omnichannel
- começar a atuar no varejo, reduzindo a dependência do mesmo.
O único cuidado para quem adotar como objetivo principal as vendas, é evitar a concorrência desleal e “brigas entre canais”. Para isso, pense em táticas diferenciadas como:
- venda de produtos que ainda não estão disponíveis nas lojas físicas
- lançamentos para avaliar performance
- venda de produtos de outlet
Etapa 2: Proposta de valor para atrair e reter os consumidores
Você sabia que 87% das indústrias apontam que o D2C é altamente relevante tanto para o produto quanto para os consumidores? Só a Nike aumentou as vendas, nesse formato, de US$ 9 bilhões em 2017 para US$ 16 bilhões em 2020.
Por isso, as indústrias também devem pensar sobre a proposta de valor. Os gestores devem se fazer as seguintes perguntas:
- Por que os consumidores deveriam visitar o site?
- Por que eles deveriam voltar?
- Por que o cliente deve fazer negócios com você?
Lembramos que optar por um objetivo central no D2C é importante, mas isso não define se aquele modelo será sucesso ou não. É a proposta de valor que fará isso!
Veja alguns exemplos de propostas de valor, que funcionam para públicos distintos (conheça o seu!):
- Produtos premium
- Produtos exclusivos
- Produtos personalizados
- Sortimento de produtos
Serviços especiais, como assinaturas - Preço
Etapa 3: Plano estratégico para implementar o movimento D2C
Quando bem planejado e executado, o modelo de negócio D2C traz muitas vantagens. Com estratégia definida é possível prever resultados, necessidades dos consumidores, além de personalizar ofertas.
Um dos diferenciais de grandes indústrias que vendem diretamente para o consumidor final é o foco no aprendizado constante e tecnologia para melhorar os processos. Eles estão dispostos a falhar (para otimizar resultados!).
Por isso é que indústrias que adentram no D2C necessitam de investimentos constantes. Esse investimento representou um crescimento constante no mercado direct to consumer em 2021.
Um exemplo de sucesso foi a empresa Casper, fundada em 2014, que atingiu um resultado de U$100 milhões em vendas de colchões em menos de 2 anos de funcionamento.
A partir dessa discussão, podemos dizer que são três possibilidades para se pensar estrategicamente sobre um plano para a movimentação D2C. Confira:
- Construção de recursos internos – indústria com e-commerce independente, que compete com o varejista. Ex: Nestlé com a Nespresso.
Neste caso, a implementação do D2C vai depender de plataformas robustas de vendas que irão reter consumidores. Esse detalhe pode ser a diferença entre um negócio que deu certo e outro que enfrenta problemas.
- Estabelecimento de parcerias – geralmente são indústrias que operam com baixo ou médio volume. Elas preferem terceirizar parte da cadeia produtiva, por falta de recursos internos.
Um exemplo é a parceria com marketplaces, por exemplo. Outro tipo de parceria é a chamada “last mile”, que se refere à indústria que quer ficar de fora do atendimento ou entrega, mas assume o restante do processo D2C.
- Aquisições – Para grandes indústrias, uma opção é adquirir startups ou empresas que aprimoram talentos e preenchem lacunas do negócio. Assim a indústria tem um “um outro braço”, em que aplicará a estratégia D2C.
Por fim, caso esteja considerando iniciar o movimento D2C, avalie e reforce os seguintes aspectos:
- O preço no modelo D2C não deve ser mais alto que do varejo
- O processo de compra no e-commerce deve ser intuitivo, ágil e personalizado
- O atendimento é ainda mais importante no D2C
- Aposte em produtos diferenciados nesse canal
- Mantenha um modelo econômico sustentável, com métricas adequadas
- O aperfeiçoamento e investimento no e-commerce precisa ser contínuo
- O fluxo de caixa precisa ser consistente, durante todo o ano.
Etapa 4: Modelo econômico sustentável
Saber onde investir os recursos e o que analisar no modelo D2C exige um conhecimento específico. Algumas métricas simplesmente não fazem sentido ser mensuradas, como o número de impressões de um produto, por exemplo.
Um modelo econômico sustentável leva em consideração:
- Hospedagem do site
- CAC – custo de aquisição de clientes
- Recursos disponíveis para implementação do modelo D2C
- Custos diversos (logística, distribuição, etc…)
- Indicadores gerais de negócio (retorno de investimento, margens de lucro, etc..)
- LTV – tempo de vida do cliente
A sustentabilidade desse modelo de negócio também está ligada com a baixa rotatividade de clientes, baixo custo de aquisição dos mesmos e garantias de compromissos longos – como assinaturas por 6 meses ou mais.
Um exemplo de compromisso que funcionou muito bem foi o realizado pela empresa de lâminas de barbear Harry’s, fundada em 2013. A empresa garantiu U$2 milhões de clientes em apenas 2 anos por meio da criação de uma lista de cadastro, com bonificação para cada amigo convidado.
Exemplo de D2C: Estratégia de fidelização!
Como vimos, o D2C pode ser uma ótima estratégia para melhorar o relacionamento com o cliente final, ao oferecer uma experiência única ao usuário.
Ao envolver o consumidor em interações consistentes e altamente personalizadas, você tem mais chances de fidelizá-lo e, ao mesmo tempo, conquistar novos clientes.
Como exemplo, vamos citar a Kit Kat Chocolatory, uma iniciativa totalmente personalizada que busca fomentar o relacionamento com o cliente através da personalização da compra direta, via loja física e site.
A loja temática da Kit Kat está localizada em São Paulo. Veja como ela funciona e se inspire:
A empresa investe em todos os canais de venda, sem que isso afete a relação com os revendedores da marca. A jogada da empresa é apostar na customização e sabores diferenciados.
Na loja você encontra edições especiais de chocolate, inspirados em diferentes países. O espaço físico é totalmente digitalizado, com ambiente gourmet para um cafézinho. Detalhe! Todos eles possuem indicação de harmonização com os chocolates vendidos na loja.
O mais interessante da experiência é que você pode customizar a embalagem do chocolate com uma foto pessoal.
O site também vai pela mesma linha, para garantir a mesma experiência, para quem mora em outros locais do país. Nele você pode criar o seu chocolate e entrar para o clube Kit Kat, para receber informações exclusivas.
Claramente, a ideia da empresa ao disponibilizar a impressão da foto pessoal na embalagem, além de outros detalhes únicos, não é a venda sob grande demanda, mas o foco na experiência do usuário!
Você entende como isso pode ser uma grande estratégia para fidelizar o cliente?
Por isso, apostar em sites de e-commerce eficientes, que oferecem a possibilidade de personalização – APIs para customização -, pode ser uma grande vantagem competitiva.
Mas o segredo do sucesso é um só: o bom relacionamento com os consumidores! E eles continuarão a exigir personalização, bom atendimento e conveniência.
Por isso é que o D2C não é o futuro, mas o presente!
Saiba mais como podemos te ajudar a implementar esse modelo de negócio e adaptá-lo ao seu ramo de atuação.
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