Cinco anos em cinco minutos: conhecendo o consumidor online
A frase “o consumidor do meu produto não está na internet” é muito comum entre as objeções das empresas que acreditam não necessitar de uma presença online ou que devem estar online apenas porque seus concorrentes estão.
Atualmente, 49,4% da população brasileira possui acesso à internet no país, o que indica o potencial deste meio para o encontro, impacto, interação e segmentação deste público. Desta forma, vamos conhecer melhor o cenário da internet no Brasil, identificando o maior público consumidor online atualmente para ampliarmos a visão das possibilidades.
O consumidor online em 2010
Em 2010, segundo Turchi (2012), o Ibope Mídia realizou uma pesquisa com 2.500 consumidores que costumavam realizar compras online. O estudo identificou que, naquele ano, 61% dos compradores pertenciam às classes A e B com alto nível de escolaridade (ensino superior completo). A classe C comparecia apenas em segundo lugar, correspondendo a 35% entre os consumidores virtuais.
Em relação à idade, observamos um cenário interessante. Em 2010, a faixa etária prioritária era de 25 a 44 anos (49%), logo seguidos pelos e-consumidores de 15 a 19 anos (17%). Pessoas com idade de 55 a 64 anos correspondiam apenas à 6% deste público. O público masculino, ainda, caracterizava a maior parcela conectada (54%).
Alguns anos se passaram: consumidores online de 2011 a 2014
Já de 2011 a 2014, o percentual de mulheres para as compras online passou para 67%; enquanto o percentual de homens se manteve estável no período. No e-commerce geral, as classes A e B mantiveram-se como maior parte do público consumidor com 49% em 2014. As classes C e D, por sua vez, aproximaram-se deste dado, correspondendo a 44%.
Complementando esta questão, a partir de um estudo organizado pelo Google, identifica-se este novo cenário: a ascensão da classe C. Segundo dados da própria empresa, a classe C corresponde a 54% dos brasileiros conectados e ocupa a maioria absoluta dos acessos à rede. Eles totalizam mais de 48,3 milhões de usuários e movimentam 495 bilhões de reais em renda própria por ano.
O m-commerce: consumidores mobile
Além desta questão, analisam-se as oportunidades do mercado mobile, uma tendência que, claramente, já se tornou um comportamento em 2015. As classes A e B são as que mais representam o consumidor do m-commerce, com 62% de participação, enquanto as classes C e D possuem 27%.
As mulheres são 57% deste público, sendo que a faixa etária que mais consome é entre 35 e 49 anos para ambos os sexos (39% das mulheres e 38% dos homens), seguida da faixa de 25 a 34 anos (30% para homens e 30% para mulheres). O dado mais surpreendente é a crescente participação do público de faixa etária de 50 a 64 anos (20% para mulheres e 18% para homens), visível diferença do e-commerce geral no ano de 2010 (6%).
Resumindo
Estabelecendo um panorama dos consumidores online, assim, criamos o infográfico abaixo para melhor caracterizar os dados apresentados.
Visualiza-se, desta forma, o crescimento da participação das mulheres no consumo online, além do público da Classe C, o qual vem crescendo ano após ano neste cenário como usuário e consumidor. As possibilidades com os dispositivos mobile, também, ampliam esta questão, a ponto de identificarmos a grande participação do público feminino e a ascensão do público de 50 a 64 anos.
De acordo com esses dados, podemos já começar a imaginar a caracterização do público em 2020: quem não estará conectado?
Utopia ou não, o ambiente online é democrático e sua empresa precisa estar conectada: bem-vindo à internet. Mais do que nunca, chegou a hora de, além de estar online, segmentar!
Referência:
TURCHI, Sandra. R. Estratégias de marketing digital e e-commerce. São Paulo: Atlas, 2012.