Partindo do princípio de que PHP é uma linguagem que permite criar sites web dinâmicos, possibilitando uma interação com o usuário através de formulários, parâmetros da URL e links, entende-se que a diferença de PHP com relação a linguagens semelhantes a Javascript é que o código PHP é executado no servidor, sendo enviado apenas o HTML puro ao usuário.

Em dezembro de 2015, foi lançado o PHP 7 que traz como características marcantes a melhoria e o desempenho. Por se tratar de uma versão RC (Release Candidate), não haverá novas implementações, apenas correções de bugs. A melhoria começa com o desempenho fantástico, pois o PHP 7 teve seu motor remodelado (algumas vezes pode alcançar até 9 vezes mais velocidade, dependendo da plataforma usada). Além disso, vem com modificações mínimas na sintaxe, focando mais na melhoria de performance e no upgrade do core interpreter da linguagem.

O que mudou com o PHP 7?

No PHP 7, a função MySQL foi removida e, agora, é preciso usar MySQLi ou PDO. Outras funções também foram removidas (ereg_* e eregi_* ereg(), ereg_replace, eregi()). As funções preg_*, inclusive, exigem delimitadores. Consequentemente, é possível utilizar modificadores, como “i” e “u”. O “i”, por exemplo, significa case insensitive. Ou seja, se você usava eregi_*, passará a usar preg_*, sempre com o modificador “i”.

No PHP 7 erros fatais serão excessões, passando a ser tratados em bloco try/catch, sem interromper a execução do script.

Por se tratar de uma linguagem não tipada, aos poucos a Sacara Types vem ganhando alguns recursos que a torna fracamente tipada, o que significa a criação de códigos mais consistentes e menos suscetíveis a erros e problemas. O PHP 5 já possui o recurso de Indução de Tipos, onde é possível definir alguns tipos para parâmetros de métodos e funções. Mas só é possível definir dois tipos: arrays (o tipo “array”) e objetos (com o nome da classe). A partir do PHP 7, poderemos usar outros tipos também: int, float, string e bool.

No PHP 7 haverá um novo operador, Spaceship, que recebe este mesmo nome em outras linguagens e é usado para comparação numérica. Se você já usou a função strcmp(), com certeza vai entender esse operador sem dificuldades, mas se você ainda não usou, também será fácil de entender:

O operador retorna um destes 3 valores:

– retorna -1 quando o primeiro operando é menor que o segundo;
– retorna 0 quando os dois operandos são iguais;
– retorna 1 quando o segundo operando é menor que o primeiro.

O PHP, a partir da versão 5.4, permite a criação de funções anônimas. Elas são úteis especialmente para criação decallbacks ou para usar em parâmetros de funções, como array_map(). A partir do PHP 7, podemos criar classes anônimas também.

E você pode se perguntar: Por que o PHP pulou
do 5 para o 7?

O motivo está no Unicode, que foi um dos vilões que impediu o lançamento do PHP 6. Em 2010, a equipe do PHP estava desenvolvendo o PHP 6, que teria suporte ao Unicode, porém, não deu certo e foi resolvido deixar isso de lado por um tempo.

E foi aí que lançaram o PHP 5.4, que teria sido PHP 6 se o problema do Unicode (e outros pequenos detalhes) tivessem sido resolvidos. Para evitar confundir a nova versão do PHP com esse pre-release antigo, resolveram batizá-la de “PHP 7”.

O PHP 7 traz muitas novidades e funções e, para quem seguia o que o PHP recomendava a partir da versão 5.5, terá pouquíssimos problemas (ou nenhum) para migrar para o PHP 7.